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Oferecer um serviço personalizado às pequenas e médias empresas industriais do país é o foco desta tradicional corretora, que atualmente está impulsionando um inovador processo de renovação tecnológica, protagonizado pela inteligência artificial.

Uma lei promovida por Perón, que exigia que as companhias de seguros internacionais tivessem um intermediário local, foi o impulso que Tomás Alfredo Sinclair precisava para fundar, em 1951, a empresa Gamasi Asesores de Seguros. Seu objetivo era claro: tornar-se um dos principais escritórios de seguros para clientes corporativos do país. Hoje, com a terceira geração Sinclair em suas fileiras, a empresa concentrou-se em oferecer soluções personalizadas, com especial atenção às pequenas e médias empresas industriais argentinas, embora também atenda grandes corporações. "Não há atividade que não esteja em nossa carteira", orgulha-se Alejandro Bar, um dos sócios.

 

A Gamasi possui um departamento de engenharia que, após visitar as instalações de seus clientes, permite chegar em pouco tempo a uma oferta de seguros personalizada e competitiva. Isso, afirmam seus executivos, é um dos seus principais elementos diferenciadores no mercado de seguros argentino altamente competitivo. Como explica Bar, eles se preocupam em oferecer às pequenas e médias empresas um serviço comparável ao que o mercado oferece às maiores organizações, uma estratégia que tem trazido muitos benefícios para a empresa nos últimos anos. No entanto, é um caminho que, especialmente no contexto argentino, está repleto de desafios.

 

"A inflação é um tema central, pois gera problemas nos valores segurados; há o risco de cair em subseguros, mesmo se as apólices forem em dólares, porque a inflação avança mais rápido do que a atualização da taxa de câmbio", comenta Bar. Claudio Silveira, diretor da empresa, acrescenta que as pequenas e médias empresas industriais argentinas "são um setor muito sobrecarregado com impostos, por isso é fundamental oferecer-lhes um bom serviço que reduza os custos. É um cliente que quer pagar o mínimo possível".

"A Chubb é uma marca muito fácil de vender, mesmo que não seja tão popular, devido à sua solidez financeira global. Pode-se recomendá-la de olhos fechados".

Com a Chubb, eles têm anos de trabalho em conjunto. Na verdade, um de seus sócios, Lucas Campos Uriburu, trabalhou vários anos em suas fileiras. "É uma marca muito fácil de vender, mesmo que não seja tão popular, devido à sua solidez financeira global. Você pode recomendá-la de olhos fechados, embora às vezes seja difícil encontrar correspondência entre o que a Chubb oferece e o risco que você precisa adicionar a uma apólice", diz Bar a respeito.

Ao falar sobre suas estratégias de sucesso, os sócios da Gamasi recomendam:

  • Gerar consciência seguradora. "Quando um seguro não é obrigatório, as empresas que não têm cultura de seguros dizem que adorariam ter, mas não querem pagar. Isso é especialmente verdadeiro no caso de riscos emergentes, como a proteção contra ciberataques", afirma Lucas Campos, responsável pela área comercial de garantias.
  • Não fazer com que a qualidade concorra com o preço. "É fundamental oferecer preço competitivo às pequenas e médias empresas, mas isso não pode ser em detrimento da cobertura, pois, nesse caso, ter um seguro não serve para nada", diz o sócio Jorge Braña.
  • Trabalhar com pessoas com quem dá vontade de trabalhar. "Em primeiro lugar, os valores éticos são importantes; em seguida, o nível de conhecimento técnico, que deve estar de acordo com o cargo. Procuramos pessoas que demonstrem alegria e paixão pelo que fazem", diz Bar.
  • Investir em tecnologia. Segundo relata o sócio Ignacio Sinclair, neto do fundador, a Gamasi está atualmente trabalhando em uma plataforma própria que incorpora inteligência artificial. "Ainda não sabemos tudo o que ela será capaz de fazer, mas vamos pesquisar. A ideia é aproveitar as novas tecnologias para oferecer melhores soluções aos clientes e mais ferramentas aos nossos funcionários", explica.
  • Conhecer profundamente as seguradoras com as quais trabalham. Bar explica que, de tempos em tempos, realizam uma análise dos balanços das diferentes seguradoras para ter informações claras sobre sua solidez.